No início da adolescência lembro de termos experimentado em casa algumas receitas da culinária macrobiótica em função do problema de hipertensão do meu pai.
Naquele momento lembro que o sal foi drasticamente reduzido e a minha mãe preparava um delicioso vinagrete cheio de ervas frescas para "temperarmos" nosso almoço. Lembro até hoje do sabor! Era delicioso!
O fato é que, até onde me lembre e a vivência como terapeuta ratifica, mudanças de hábitos em família vêm a partir de algum desequilíbrio ou patologia apresentada por algum membro, independentemente da idade, e como uma onda, acaba por influenciar a todos.
A razão é simples: o tempo é curto e vamos combinar que fazer para cada um, um preparo diferente, é inviável em vários níveis.
Daí que toda a família passa pelo processo de mudança.
A adaptação normalmente leva algum tempo. No começo mais restritiva, talvez com pouco sabor ou apelo visual, mas com o passar do tempo, a restrição vira aliada e propicia a abertura para novas e agradáveis possibilidades.
O fato é que nós humanos nos condicionamos a fazer todo dia, tudo sempre igual. Sim, raciocinamos mas quer saber, pergunto quem se questiona antes de se alimentar ou preparar o seu alimento. Na maioria das vezes somos tomados pelo hábito e repetimos aquilo até que algo ou alguém nos instigue a fazer diferente. Ah e quando isso acontece, a reação não é a das melhores. Eu mesma tenho as minhas resistências, em vários níveis e também já presenciei uma série delas nos atendimentos.
Por isso digo e sugiro que o processo seja gradual, pois acredito que a mudança precisa de um tempo para sair desse lugar transitório e se incorporar como um novo hábito, mais saudável e adequado àquela família.
Comments